Descrição
O castelo foi construído durante o século XVII por Gyulay Ferencz, um general austríaco, filho único do nobre húngaro Gyulay Ignacz. Ferencz construiu a mansão no local de um prédio menor. A família do general governava a cidade chamada Mintia, que foi rebatizada de Marosnemeti, termo derivado da palavra húngara "nemet", que se traduz como "alemão". Vários descendentes da família Gyulay viveram no castelo. Documentos históricos de 1806 afirmam que a mansão Mintia pertencia naquela época a Gyulay Istvan, seguido por Albert e KR Gyulay. A condessa Gyulay de Mintia, que se casou com Ladislau Kuun de Osdola, mais tarde herdou o domínio junto com seu irmão, Ludovic. Em 1848, a família Gyulay refugiou-se em Cluj e, após a revolução, Ludovic, Ladislau Kuun, a sua esposa Constance, e os seus filhos, Irene e Geza, regressaram a Mintia. Ludovic foi o último herdeiro da família Gyulay. Ele escreveu mais de 100 diários sobre a mansão e sobre Mintia. Todos eles estão preservados no museu histórico de Cluj-Napoca. Ludovic Gyulay modificou o edifício em 1834, dando-lhe a forma que tem hoje. Ludovic Gyulay nunca se casou e, portanto, nunca teve herdeiros. Sua fortuna foi herdada por seu cunhado, Ladislau Kuun, seguido por seu filho, Geza Kuun. Geza estudou literatura húngara e alemã nas Universidades de Budapeste e Göttingen e foi membro e vice-presidente da Academia de Ciências de Budapeste. Fez parte dos círculos sociais de elite de Viena e tornou-se amigo do famoso compositor Franz Liszt – um dos pianistas mais proeminentes de todos os tempos. Foi então que conheceu também a escritora Elena Ghica – filha de Mihai Ghica, sobrinha de Grigore Ghica IV, e a primeira mulher a escalar o pico do Mont Blanc, em 1º de junho de 1860. Depois de 1870, Geza Kunn estabeleceu-se em Mintia e casou-se. Vilma Kemeny, filha do barão Kemeny de Magyar-Gyeno Monosto. A sua presença aqui transformou a cidade num ponto de encontro de eminentes representantes do cenário cultural e científico, entre os quais V. Zakrzewski – professor da Universidade de Cracóvia, Al. Szilagyi – secretário da Sociedade Histórica, barão Balazs Orban, A. Szecsen – marchal da Corte Imperial. A beleza da mansão localizada às margens do rio Mureș também foi admirada pelo presidente da Sociedade Arqueológica – Solyon Fekete, pelo diretor do Museu Histórico de Deva – Teglas Gabor, e pelo cientista Samuel Brassay – considerado o último polímata da Transilvânia. A imensa biblioteca do Castelo Mintia e o salão, decorado com retratos de família e objetos preciosos, foram visitados pelo prefeito George Pogany, pelo subprefeito Coloman Barcsay, pelo conde Coloman Esterhazy – diretor do Museu da Transilvânia, por Otto von Keller – professor da Universidade de Praga, Zsolt Beothy – professor da Universidade de Budapeste, e pelo cientista norueguês Conrad Nielsen. O Barão Miklos Josika também viajou de Brănişca a Mintia, a pé, de carro ou a cavalo. Ele também viajou de barco pelo rio Mureş para admirar o parque que cercava o castelo. As raras espécies de plantas e árvores que embelezavam o parque eram fascinantes. O conde Kuun deu às árvores o nome dos escritores húngaros mais importantes, muitos dos quais eram seus amigos. Uma das árvores, por exemplo, levava o nome de Átila, em memória de Átila Gerando. Por entre as roseiras, o visitante podia ainda descobrir numerosos santuários honorários ou mortuários. Geza Kuun morreu em 1905, em 10 de abril, e foi sepultado em Cluj. Diz a lenda que, embora o corpo do conde Geza tenha sido inumado em Cluj, o seu coração foi enterrado no cemitério da Igreja Reformada Mintia, ao lado de outros membros da sua família e antigos proprietários do castelo. O domínio Mintia, que compreende o castelo e o parque, está classificado como monumento histórico de importância nacional e universal, classe A.
